O sal nosso de cada dia

O sal nosso de cada dia

Desde que o mundo é mundo, o sal desempenha um papel fundamental na vida humana. Todos nós carregamos cerca de 250 gramas dele - mais ou menos o equivalente a três saleiros – em todos os nossos tecidos e fluidos, como o suor e as lágrimas. Fora isso, ainda nos tempos da Pedra Polida, lá pelo ano 8.000 a.C., entre uga-ugas e puxões de cabelo, o homem já o utilizava para tornar carnes, sopas e pães mais saborosos, inaugurando um hábito. No Egito antigo, descobriu-se que o sal ajudava a conservar os alimentos e esse conhecimento acabou sendo aplicado também às múmias que, salgadinhas, tinham muito mais resistência. Depois, os gregos e os romanos passaram a usar o sal como moeda em suas operações de compra e venda, criando o salário. Já no século XX, ele chegou à industria têxtil e cosmética, mas recebeu também sérias restrições por parte das pesquisas científicas. Mas mesmo coroado como o grande vilão das doenças cardiovasculares, ele é parte essencial de qualquer dieta e, em suas diversas aplicações, pode garantir o bom funcionamento do organismo – do cérebro às gordurinhas localizadas – e ainda prevenir contra uma eventual inveja alheia para tanta saúde.

É tudo uma questão de mão. Segundo o cardiologista Alexandre Santos, o sal é mesmo considerado por si só um fator de risco isolado para quem tem tendência a pressão alta e outros problemas cardíacos. "Quando usado em grandes quantidades no preparo dos alimentos, o sal leva a um aumento de pressão sangüínea que pode acabar provocando um infarto", explica o médico. Além disso, por colaborar com a retenção de líquido no organismo, provocando inchaço nas pernas, braços, mãos e ao redor dos olhos, ele também pode acentuar um quadro de insuficiência cardíaca. O que não quer dizer que se deva ser eliminado da dieta, nem mesmo da de quem sofre de doenças do coração. "O sal é a principal fonte de sódio do organismo, que é responsável, dentre outras coisas, pela transmissão de impulsos dos neurônios. Por isso, o corpo ficaria com o funcionamento comprometido com a sua ausência", alerta. Além disso, o outro componente químico do sal, o cloro, é a base do suco gástrico, ajudando também a aumentar a capacidade sangüínea de levar gás carbônico das células para o pulmão.

A nutricionista Anita Sachs comenta que o consumo diário ideal de sal é de cerca de 500 mg. Como na dieta brasileira extrapolar essa cota é algo muito comum, uma boa solução é utilizar alternativas que não comprometam nem o sabor e nem a saúde. "Existem algumas saídas menos agressivas como a cebola e o alho em pó. Alguns pratos também podem levar suco de limão, louro e até mesmo o shoyu, em quantidades menores", recomenda.

O sal não é só freqüentador assíduo das despensas da cozinha. Graças às suas propriedades de adstringência, limpeza e tonificação, ele também está na prateleiras do banheiro. "O sal garante, por exemplo, mais viscosidade aos shampoos e ajuda a fazer espuma", conta a dermatologista Lílian Estefan. Até mesmo nas técnicas para eliminar as gorduras localizadas, o sal desempenha um papel fundamental. "Na lipoaspiração, as ondas do ultra-som se propagam pelo soro fisiológico, que é uma solução salina, para destruir as células de gordura", comenta o cirurgião plástico André Cervantes Rodrigues. No entanto, quando o assunto é salgado – não importa qual – exagerar é sempre um perigo. "Se ele for utilizado em altas concentrações, pode provocar irritação na pele e nos olhos. Há inclusive pesquisas que estudam a relação entre o uso de sal na formulação de produtos para cabelo e a inibição do crescimento dos fios", comenta a Dra. Lílian Estefan, que costuma indicar o uso de cosméticos sem sal para pacientes com cabelos muito ressecados.

O sal também é conhecido pelo seu potencial preventivo. Mas aí não estamos falando de nenhum tratamento medicinal, mas sim de um problema não menos perigoso: o mau olhado. "O sal grosso transmuta toda energia mal qualificada no ambiente", afirma o especialista em Feng Shui Eric Lacroze. Segundo ele, basta colocar um copo de vidro, cheio d'água até a borda, misturada com dois dedos de sal grosso atrás da porta de entrada para segurar toda a energia negativa que entrar em casa. "De sete em sete dias, essa água satura e deve ser trocada. O sal grosso puro usado como enfeite em casa também deve ser substituído de duas em duas semanas. Isso porque, em determinado momento, ele fica tão pesado que acaba emitindo energia negativa para o ambiente", orienta Eric, lembrando que o sal que já foi utilizado deve ser jogado fora em água corrente. Depois, é só aproveitar a vida com o tempero certo. E na medida certa.


Por Fernando Puga em: http://msn.bolsademulher.com/corpo/materia/o_sal_nosso_de_cada_dia/3805/1

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